
Uma deliciosa história de massa, no Dia Mundial das Massas
É uma das histórias preferidas à mesa lá de casa, e não há melhor dia para a contar que o Dia Mundial das Massas.
Pouco depois do 25 de abril, as fronteiras estavam finalmente abertas e os meus avós decidiram que era preciso aproveitar. Levaram os dois filhos a conhecer Espanha no carro velho do meu avô e fizeram metade do país num verão. Foi uma viagem que soube a Liberdade, e que lhes pôs água na boca para conhecer muito mais mundo.
Numa noite em Benidorm foram experimentar o seu primeiro restaurante italiano. Pode parecer impossível em 2018, mas cá não havia nem pizzarias. A minha mãe e o irmão, muito miúdos ainda, pediram esparguete à bolonhesa.

É aqui que a história ganha cor: eles ainda hoje tentam recriar as caras que fizeram ao ver aquele molho avermelhado, a carne picada, o parmesão por cima. E competem um contra o outro para fazer a maior careta. Ao fim de uma boa refeição, põem sempre 4 gerações da família Dias a rir. A minha avó conta sempre que os obrigou a comer e que no final eles até já queriam repetir.
O gosto pegou. Hoje, e eu digo isto sabendo que toda a gente diz o mesmo, não há cozinheiro em Portugal que faça massas como a minha mãe.