
Sempre adorei cozinhar
A certa altura, por falta de paciência, tempo… ou até por falta de amor: deixei de cozinhar.
Principalmente doces. Aprendi a cozinhar porque me enfiava na cozinha, de joelhos em cima da cadeira, e espiava a minha mãe, as minhas tias e principalmente a madrinha da minha mãe: dona de uma infinita paciência.
Quando não me deixavam participar nos preparativos sentava-me com o meu caderno e escrevia as receitas. Talvez por observar sempre essa dedicação, sempre olhei para a comida como um ato de amor.
A certa altura, por falta de paciência, tempo… ou até por falta de amor: deixei de cozinhar.

Mas desde que Vitória começou a diversificação alimentar que voltei a ter não só um motivo como uma vontade imensa de aprender.
E apesar de ter na minha ideia aquela velha regra de que “não se brinca com a comida” – e acho mesmo que se deve respeitar a comida – também gosto que o ato de comer seja um prazer. E as coisas que fazemos com prazer e com vontade não são comedidas, controladas ou demasiado rígidas. Não adoro tirar nódoas da roupa, mas adoro vê-la a lambuzar-se com o Amor que ponho no prato.
E se ela ama um bom prato de massa com molho de tomate!